eugeniohenrique 29/07/2016
sábado, 30 de julho de 2016
terça-feira, 26 de julho de 2016
traço_destraçado | 021
chãodearroz
quantas flores dores pingam no teu corpo destroçado deus distraído
flores de aroma férreo enxofrado de guerreiro herói tolo
pedras soltas jarram flores de raiva nuvens explosão de pétalas murchas
dinheiro bagageiro de palavras que a terra brota seca e morta flores
manta de flores chão de frio cantor em afonia mão trémula em batuta
bala astuta desalinha o choro em pingos de ser deus distrai-se na silhueta
quantas flores jorram grito de abelha lançada no vento corpo flecha
certeira pontaria faz noite sem grilo assustado no covil mãos de amarra
a besta ergue em falo corcovado amanhã não choras não serás nem gente
amoras silvestres poeiradas no coice do turbilhão escuridão
não serás nem bicho nem flor não saberás de ti
deus desenha nas pedras o que te resta nada nem o pó da besta
esventraste a noite com estilhaços de flores caídas negros os sacos
pingam ardor trincheira de minhocas aladas pedaços de deus
pirâmides de sonhos no trajeto fissura chão de arroz fronteira
pode o poder fazer noite em dia seco a luz encolhe e o choro abafa
poder de nada ser medo que a bola gire e não pare espaço de braços
amassos traços a voz embrutece aperto na gola tanta gente tola amanhã talvez
quantas flores dores pingam no teu corpo destroçado deus distraído
flores de aroma férreo enxofrado de guerreiro herói tolo
pedras soltas jarram flores de raiva nuvens explosão de pétalas murchas
dinheiro bagageiro de palavras que a terra brota seca e morta flores
manta de flores chão de frio cantor em afonia mão trémula em batuta
bala astuta desalinha o choro em pingos de ser deus distrai-se na silhueta
quantas flores jorram grito de abelha lançada no vento corpo flecha
certeira pontaria faz noite sem grilo assustado no covil mãos de amarra
a besta ergue em falo corcovado amanhã não choras não serás nem gente
amoras silvestres poeiradas no coice do turbilhão escuridão
não serás nem bicho nem flor não saberás de ti
deus desenha nas pedras o que te resta nada nem o pó da besta
esventraste a noite com estilhaços de flores caídas negros os sacos
pingam ardor trincheira de minhocas aladas pedaços de deus
pirâmides de sonhos no trajeto fissura chão de arroz fronteira
pode o poder fazer noite em dia seco a luz encolhe e o choro abafa
poder de nada ser medo que a bola gire e não pare espaço de braços
amassos traços a voz embrutece aperto na gola tanta gente tola amanhã talvez
eugeniohenrique 23/07/2016
domingo, 10 de julho de 2016
r-a-m-o | 012
dentroquartodentro
entro sem bater deveria o quarto existe na solidão
tateio na parede ora fria ora de outra cor equilibro o andar
devagar para não acordar a ausência estou só estou
dentro embora perto da porta que se esguelha luz fio
toco na linha do olhar mão seca caminho lento de vento
que se encosta ao quarto timbales desafinados desassossegam
o silêncio da solidão entro no vazio da escrita que sussurra
o pássaro bica o lado de lá história de contar que contei
o chão caminha nos meus pés de pele sulcos de poetas
que não conheço arrepio em desejo e não adormeço
desenho com a luz da porta que se esguelha rosto de não ser
silva de amoras encosto o olhar em suor quarto pedaço
estilhaço em sono rangir de pedra seca fenda de parir
texto de silêncio galho de linhas ditas dentro quarto dentro
sussurro no ventre da luz que espreita alguém clama amor
no chão do quarto lento o andamento salpicam vozes pensamento
trapos de amor pulam em pele fina de luz esguia que espreita
entro sem bater
eugeniohenrique 10/07/2016
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