quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
traço_destraçado | 024
espessuradedeus_nuvem
eugeniohenrique 07/11/2016
terça-feira, 11 de outubro de 2016
r-a-m-o | 013
Pu_tos_En_xu_tos
inquietos na dureza bocejam descanso que não têm
inquietos na dureza bocejam descanso que não têm
cai o lápis cai cai o livro cai de cair em chão de fugir
ri ri desalmadamente ri e não sabe porque ri não tem que rir
grita berra pula salta o puto articulado em pedaços de estar
azuis os olhares presos ao medo que pesa na leveza da fragilidade
ranhoso de ventania que o habita parasita rasgo traço em mãe
que habita buraco naco telas de vozes dedilhadas em espanto
o puto amassa a escrita do nome agita o desenho em rasuras
fissuras covinhas no sorrir dança de lápis mastigando sabor de ardor
pingam letras em pele fria desacerto de cor um dia cai de cair em chão de amor
puto cuida cuida de ti faz-nos esse favor
eugeniohenrique 3/10/2016
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
traço_destraçado | 023
crepúsculo_fecho os olhos
olho na frente cego soprado pelo ruído de gente móbil
não vejo o que ver no silêncio procuro ausentar o ruído vozes cansado
moído do sol que me arde na pele olho na frente estalos de gente tic
desejo na sombra a escrita do olhar poeira que o sopro
levanta sem te ter dança de luz salpicos que acentuam o texto
olho na frente embalo em aceno frágil tecido em tecer de água mágoa
ei-los que chegam na festa de chegar não te vejo no olhar
encosto as palavras no recanto canto em acordar o sol adormece
tenho sede da tua sede meu corpo no teu arde o sol na escrita
aromas de fim de sol terra cavo na terra linhas de garras amarras
calo na raiz do silêncio a pele que te envolve macia gotejado de nenúfares
olho na frente os olhos meus parte de mim e longe porque sim
olho na frente cego soprado pelo ruído de gente móbil
não vejo o que ver no silêncio procuro ausentar o ruído vozes cansado
moído do sol que me arde na pele olho na frente estalos de gente tic
desejo na sombra a escrita do olhar poeira que o sopro
levanta sem te ter dança de luz salpicos que acentuam o texto
olho na frente embalo em aceno frágil tecido em tecer de água mágoa
ei-los que chegam na festa de chegar não te vejo no olhar
encosto as palavras no recanto canto em acordar o sol adormece
tenho sede da tua sede meu corpo no teu arde o sol na escrita
aromas de fim de sol terra cavo na terra linhas de garras amarras
calo na raiz do silêncio a pele que te envolve macia gotejado de nenúfares
olho na frente os olhos meus parte de mim e longe porque sim
eugeniohenrique 29/09/2016
sábado, 30 de julho de 2016
terça-feira, 26 de julho de 2016
traço_destraçado | 021
chãodearroz
quantas flores dores pingam no teu corpo destroçado deus distraído
flores de aroma férreo enxofrado de guerreiro herói tolo
pedras soltas jarram flores de raiva nuvens explosão de pétalas murchas
dinheiro bagageiro de palavras que a terra brota seca e morta flores
manta de flores chão de frio cantor em afonia mão trémula em batuta
bala astuta desalinha o choro em pingos de ser deus distrai-se na silhueta
quantas flores jorram grito de abelha lançada no vento corpo flecha
certeira pontaria faz noite sem grilo assustado no covil mãos de amarra
a besta ergue em falo corcovado amanhã não choras não serás nem gente
amoras silvestres poeiradas no coice do turbilhão escuridão
não serás nem bicho nem flor não saberás de ti
deus desenha nas pedras o que te resta nada nem o pó da besta
esventraste a noite com estilhaços de flores caídas negros os sacos
pingam ardor trincheira de minhocas aladas pedaços de deus
pirâmides de sonhos no trajeto fissura chão de arroz fronteira
pode o poder fazer noite em dia seco a luz encolhe e o choro abafa
poder de nada ser medo que a bola gire e não pare espaço de braços
amassos traços a voz embrutece aperto na gola tanta gente tola amanhã talvez
quantas flores dores pingam no teu corpo destroçado deus distraído
flores de aroma férreo enxofrado de guerreiro herói tolo
pedras soltas jarram flores de raiva nuvens explosão de pétalas murchas
dinheiro bagageiro de palavras que a terra brota seca e morta flores
manta de flores chão de frio cantor em afonia mão trémula em batuta
bala astuta desalinha o choro em pingos de ser deus distrai-se na silhueta
quantas flores jorram grito de abelha lançada no vento corpo flecha
certeira pontaria faz noite sem grilo assustado no covil mãos de amarra
a besta ergue em falo corcovado amanhã não choras não serás nem gente
amoras silvestres poeiradas no coice do turbilhão escuridão
não serás nem bicho nem flor não saberás de ti
deus desenha nas pedras o que te resta nada nem o pó da besta
esventraste a noite com estilhaços de flores caídas negros os sacos
pingam ardor trincheira de minhocas aladas pedaços de deus
pirâmides de sonhos no trajeto fissura chão de arroz fronteira
pode o poder fazer noite em dia seco a luz encolhe e o choro abafa
poder de nada ser medo que a bola gire e não pare espaço de braços
amassos traços a voz embrutece aperto na gola tanta gente tola amanhã talvez
eugeniohenrique 23/07/2016
domingo, 10 de julho de 2016
r-a-m-o | 012
dentroquartodentro
entro sem bater deveria o quarto existe na solidão
tateio na parede ora fria ora de outra cor equilibro o andar
devagar para não acordar a ausência estou só estou
dentro embora perto da porta que se esguelha luz fio
toco na linha do olhar mão seca caminho lento de vento
que se encosta ao quarto timbales desafinados desassossegam
o silêncio da solidão entro no vazio da escrita que sussurra
o pássaro bica o lado de lá história de contar que contei
o chão caminha nos meus pés de pele sulcos de poetas
que não conheço arrepio em desejo e não adormeço
desenho com a luz da porta que se esguelha rosto de não ser
silva de amoras encosto o olhar em suor quarto pedaço
estilhaço em sono rangir de pedra seca fenda de parir
texto de silêncio galho de linhas ditas dentro quarto dentro
sussurro no ventre da luz que espreita alguém clama amor
no chão do quarto lento o andamento salpicam vozes pensamento
trapos de amor pulam em pele fina de luz esguia que espreita
entro sem bater
eugeniohenrique 10/07/2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
r-a-m-o | 011
atiroaoar|ondevaiparar
Tenho uma pedra na mão acordei assim dela não sei senão ser pedra
Fica ou não na minha mão caindo deixarei de a sentir ou não
Ficando a pedra não caiu a não ser que tenha caído na minha mão
Acordo com ela e com ela acordo para ela a pedra na minha mão
E se não for pedra a pedra na minha mão se for ilusão
Atiro-me com ela ao chão de pedra sem pedra no vão da minha mão
eugeniohenrique 21/05/2016
sexta-feira, 13 de maio de 2016
8_0 | 10
Tim_me
Se fosse mãe traçava-te no meu colo amasso de beijos queimor de aperto tanto
Se fosse mãe chilreava suspiros em brumas de ausência embalo de te ter aqui
Se fosse mãe acocorava sonhos em pedra fria manta de febril ser sonhos
Se fosse mãe garatujava a pele de nós as palavras em boca seca
Se fosse mãe cantaria em flores viagem de muitas dores amores
Se fosse mãe cuidaria em cuidar este amar sem desarmar o cansaço
Se fosse mãe escreveria nos olhares em nuvem pulos de querer ser mãe se fosse
Se fosse mãe viveria em sono ausente galope fervente salto em frente viveria
Se fosse mãe seria ninho linhas de mãos entre laços abraços
Se fosse mãe cresceria em ramos tensos imensos árvore de frutos se fosse
Se fosse mãe salpicava o rosto de sol por ser mãe serenata de violetas
Se fosse mãe espremia seios de poetas naus em vidraça caraças quero ser mãe
Se fosse mãe seria praia praça rua noite escassa voz tormento alento
Se fosse mãe descalça dança de ventre que pariu
Se fosse mãe não saberia ser senão mãe que os filhos viu
Se fosse mãe seria tudo de mim
E tu és assim
E tu és assim
eugeniohenrique 30/04/2016
quinta-feira, 10 de março de 2016
8_0 | 009
mar|gem|riso|Ria
sabes sabendo que estou em sendo eu parvo de mim crendo desfolhado o ramo em fruto reinventado em sabor amado amar fazendo amar tremendo de amor pés de água sentado no colo dos teus seios ardor tremor em nuvem de ouro gotejo o saber de nada risos de fada parvo de mim aguada em sol de margem papel miragem veio de quente em correndo pungente sopro de sopro ar de amar aroma de céu sem gente parvo de mim traço canto em pele seda dedilho espanto olhar tanto manto canto o calor do encanto corre o vento em frágil tento invento amar no vento solto silêncios tufos de todas as cores recanto febril chove de mim fino desatino em tremendo de amor risos vagos bote de remos largos espargem odores amores adágio em ouro rosáceo bailado de pétalas pele em seda meda de sais tantos mais ais o rio vai e volta festeja no cais o espasmo em onda abraça o abraço amor enlaço todas as palavras ditas em fogo silente trautear ardente pedaços em ser golpes de noite gemido de olhares baços sono em cansaço risos parvo de mim sabes que sim
eugeniohenrique 08/03/2016
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
r-a-m-o- | 010
segundavez_tantas
espaco pedaço território que se afaga em água de sal jardas navego em tempo barca frágil olho as pedras que endurecem os rostos trajados de sol negros os olhos que olham bátegas de palavras em chão dormente dor em pés desta gente do território que leva em colo ausente pingos de água brilho sumido em olhos que cuidaram o dia vem estala em pele que se estira linhas barca frágil vem o dia que vais vem o dia as palavras secam baloiço em braços que apertam nada vazio água de sal goteja no papel traço de pele vem o dia que não te oiço parir na sombra pavio de luz frágil a linha é noite as pedras copulam histórias de gente em barca que ondula desassossegos apago o pavio entre desejos vais lento em mim perco és como eu durmo de luz acesa território tracejado nos ventos de barca que se afasta em gemido nascendo vais no desabraço caminhas no sal cansaço o escuro escurece embaraço meu e tu ja partiste
eugeniohenrique 26/1/2016
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