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Não sei o espaço que ocupas agora
Não sei onde te situas
Em que página escreverás
Tudo o que desconfio que sei é não saber nada
Tão perto de ti agora e nada não me vês não me ouves
Não me sentes
Estou no silêncio contigo mas só isso
Vai
Cuida de ti
Fico a olhar na memória
Fico sem ti
Vai sereno vai
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no silêncio das árvores de flores que pintam a paisagem
dou colo ao sentimento de te ter tido e de ter sido galho
pirralho no teu saber mineiro no teu olhar o silêncio afunda
em água de choro luz trémula no teu rosto do meu pedaço
gritaste a tua dor no tempo de antes no tempo de agora
livre a tua pele do pico que te perfurou em ser
sopro o vento que passa no amar de toda a gente
sente
eugeniohenrique 15/03/2015 | 009