ai, se eu pudesse voltar a ser pequenino!
estaria com o coração aos pulos, pulando
no sonho ingénuo de quem espera, esperando.
estaria à espera que o desejo, pouco, fosse,
na porta do postigo, quase amarelo, brilho, brilhando,
o olhar pequenino, de colo, meigo colo, que embalando
o coração que pula, pulando no sonho da espera.
ai, se eu pudesse voltar a ser pequenino,
pedaço de mim voava, no sonho, que desenho
no rio, na luz, no sopro, que soprando
me embala, sereno, o coração.
amanhã espero por ti, sonhando.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
tão pouco
Tão pouco me atento pela glória do acto, que de tanta dor me infringe, quase o nego | assim vou estando no pensamento de mim | na ausência do nada | na voz do silêncio.
Tão pouco me sinto no palco de lustres, lustrosos e engomados | que das palavras | pálidas umas, engonhadas outras | trituram o som do silêncio em mim | é tão pouco o que procuro próximo do meu desenho.
É tão pouco o meu acto que o tomo por ser intenso e tão pouco penso | que é pouco | tão pouco.
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