terça-feira, 3 de janeiro de 2017

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sopro

Levantado caminho entre os espaços passos em água fria temo que um dia esgotado e por magia dê passos sentado corre em mim tormenta o amor o vento toca em levantar desassossego olhar no vento o timbre dança na espuma dos passos pétalas soltas no aroma regaço apertado amasso Levantado o dia traço em calor de sinfonia o dia que faço maneira sendo vento que toca frio de pele desenhada tempo maçada e danço palavras que te encosto lento sopro de nada quase nada Levantado em ave que acasala o olhar gente em pressa de bala amar de repente em fúria quente estalo embalo no vento que toca em dedilhar pena ave Levantado em sono pés de leve silêncios na escrita dos olhares cocuruto vibrato em corda hirta lampejo pingo de água doce desenho que corre no toque do vento  vejo pétalas e o tempo acorda Levantado portilho de âncoras amarras o teu colo ao meu sopro o suor dos passos que em mim correm na tormenta calor  menta caminho nos espaços braços remos barca baloiço oiço a voz do cocuruto febril Levantado um dia esgotado o vento toca respiro a pele em fogo gemido dormente escrevo o rasto o sopro o sussurro o vento venta quente.

eugeniohenrique 27/11/2016

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