olho na frente cego soprado pelo ruído de gente móbil
não vejo o que ver no silêncio procuro ausentar o ruído vozes cansado
moído do sol que me arde na pele olho na frente estalos de gente tic
desejo na sombra a escrita do olhar poeira que o sopro
levanta sem te ter dança de luz salpicos que acentuam o texto
olho na frente embalo em aceno frágil tecido em tecer de água mágoa
ei-los que chegam na festa de chegar não te vejo no olhar
encosto as palavras no recanto canto em acordar o sol adormece
tenho sede da tua sede meu corpo no teu arde o sol na escrita
aromas de fim de sol terra cavo na terra linhas de garras amarras
calo na raiz do silêncio a pele que te envolve macia gotejado de nenúfares
olho na frente os olhos meus parte de mim e longe porque sim
eugeniohenrique 29/09/2016
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