quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

r-a-m-o- | 010

segundavez_tantas

espaco pedaço território que se afaga em água de sal jardas navego em tempo barca frágil olho as pedras que endurecem os rostos trajados de sol negros os olhos que olham bátegas de palavras em chão dormente dor em pés desta gente do território que leva em colo ausente pingos de água brilho sumido em olhos que cuidaram o dia vem estala em pele que se estira linhas barca frágil vem o dia que vais vem o dia as palavras secam baloiço em braços que apertam nada vazio água de sal goteja no papel traço de pele vem o dia que não te oiço parir na sombra pavio de luz frágil a linha é noite as pedras copulam histórias de gente em barca que ondula desassossegos apago o pavio entre desejos vais lento em mim perco és como eu durmo de luz acesa território tracejado nos ventos de barca que se afasta em gemido nascendo vais no desabraço caminhas no sal cansaço o escuro escurece embaraço meu e tu ja partiste


eugeniohenrique   26/1/2016

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